domingo, 11 de dezembro de 2011

Homens Inteligentes Traem Menos!


Esta afirmação resulta de um estudo realizado pela Universidade britânica, “London School of Economics and Political Science” e publicado no “Journal Social Psychology Quarterly”, o qual revela que os homens dotados de um QI mais elevado, ou seja, os mais inteligentes, dão maior importância a valores como a monogamia, a honestidade e a verdade. Diz ainda o estudo que esta correlação entre inteligência e monogamia é uma consequência natural da evolução da espécie humana.




Milhares de adolescentes, jovens e adultos foram analisados…

O responsável pela investigação e especialista em Psicologia Evolutiva, Dr. Satoshi Kanazawa, indica que o estudo se baseou numa análise cuidadosa das médias de Quociente de Inteligência (QI), avaliadas a milhares de adolescentes, jovens e adultos, comparativamente às respostas destes a questões de âmbito pessoal, cultural e social. Segundo o especialista, a média de QI dos homens que defendem e assumem maior compromisso com valores próprios e sociais é superior a 110, enquanto os restantes, que demonstram menor propensão para a aquisição de valores pessoais e maior tendência, por exemplo, para a poligamia ou infidelidade, possuem em média um valor de QI inferior a 93.

Confusão entre inteligência e esperteza

Dr. Satoshi Kanazawa revela que estes dados têm gerado polémica no seio masculino, sobretudo porque existe ainda alguma tendência para confundir os significados de “inteligência” e “esperteza”.
Mas não há motivo para os confundir, pois são de facto diferentes:

esperteza poder-se-á definir como a capacidade que permite ao indivíduo adaptar-se habilmente a situações momentâneas adversas, de modo a retirar proveito pessoal das mesmas. Esta capacidade pode ser associada a agudeza de espírito, astúcia ou manha e está intimamente ligada à sobrevivência e à satisfação imediata dos desejos. É, no entanto, erroneamente considerada por muitos, como inteligência ou criatividade.

Por sua vez, a inteligência é a capacidade mental que um indivíduo possui para raciocinar profundamente, de forma a serem analisadas todas as probabilidades, causas e consequências de uma ou várias situações dentro de um contexto, o qual se pode estender no tempo. Esta capacidade faculta o poder de abstracção, o que permite obter uma visão mais global das situações e desse modo ter-se uma maior e melhor percepção dos enredos.

Um indivíduo dotado de um valor alto de QI tende a considerar todos os aspectos, não se centrando nos benefícios pessoais imediatos, uma vez que compreende melhor as consequências geradas por uma acção e o efeito que estas possam ter sobre si e sobre os outros, num dado momento e a longo prazo. A inteligência está também directamente associada às faculdades de memória, imaginação, juízo, raciocínio e concepção de ideias, pois são indispensáveis na adaptação e/ou resolução de novas situações.


A poligamia é uma característica do homem primitivo

É precisamente no estudo da capacidade de adaptação e evolução que este psicólogo se especializou e explica que o homem primitivo era potencialmente promíscuo pois estava “programado” para copular com o maior número de mulheres possível. Esta atitude ajudava-o a multiplicar os membros da tribo garantindo assim a sua sobrevivência, designadamente face às ofensivas das tribos inimigas.

Mas segundo o mesmo, este comportamento, há muito que deixou de nutrir qualquer vantagem e utilidade ao ser humano, referindo, no entanto, que este tipo de percepções e considerações inerentes à evolução da espécie humana, tende a escapar aos seres menos inteligentes e que são os outros, os mais inteligentes, a demonstrar maior capacidade de adaptação à evolução dos tempos e a assumir novos modelos comportamentais.

Não foi possível analisar as mulheres

O psicólogo refere ainda que neste estudo, foi apenas possível analisar a correlação entre inteligência e monogamia nos homens, uma vez que as mulheres sempre tiveram um papel monogâmico nas sociedades, mesmo na época do Homem primitivo, e por conseguinte, tal comportamento não denuncia no sexo feminino, uma evolução nem especial capacidade de adaptação a novas situações.


As pessoas mais inteligentes são menos conservadoras

Porém a monogamia / fidelidade não foram os únicos valores observados neste estudo. Esclarece este especialista em Psicologia Evolutiva, que os valores ou hábitos mais retrógrados ou conservadores, como os herdados pela cultura social e religiosa de um povo ou mesmo pela educação, tendem a ser rejeitados pelas pessoas mais inteligentes de ambos os sexos, as quais, por outro lado, demonstram maior propensão para gerar os seus próprios valores, baseados nas suas próprias experiências pessoais, acabando assim por evidenciar uma maior coerência e compromisso entre os seus valores na teoria e os mesmos aplicados às suas atitudes e comportamentos no quotidiano.

De acordo com o estudo, as pessoas mais inteligentes e evoluídas (de ambos os sexos) são menos conservadoras e contraditando o pensamento comum, são também as que apresentam maior tendência para adquirir valores ao longo da vida, como a honestidade e a verdade, com especial enfoque para os homens, que segundo o psicólogo Dr. Satoshi Kanazawa, são igualmente os mais inteligentes a defender e a manifestar maior compromisso com a monogamia e a fidelidade e, naturalmente, a valorizar a estabilidade da relação, do casamento e da família.


O homem do futuro
Ainda segundo o mesmo, tendo em conta que a adopção destes valores são uma consequência natural da evolução, os demais indivíduos não estarão preparados para entrar na nova fase da escala evolutiva da espécie humana, a fase seguinte à do Homo sapiens sapiens. Quer isto dizer que, segundo este estudo, o homem do futuro será um homem com mais carácter e mais valores, os quais tendem a respeitar não só as suas companheiras, como o ser humano em geral.

Mas o discurso deste especialista não deve ser interpretado como algo conclusivo e irreversível, deve-se apenas encará-lo como uma espécie de “alerta”, de modo a que cada um possa reavaliar os seus critérios e modelos de comportamento. A inteligência não é uma capacidade estática ou imutável e tal como os músculos do corpo humano, esta, também pode ser exercitada. Por isso, não se deixem dormir, vejam menos televisão e comecem, por exemplo, por ler um bom livro, que além de vos enriquecer o vocabulário, potencia-vos as capacidades de concentração, memória, imaginação e de raciocínio.


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