quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ignorância, Violência, Sadismo - o mundo da tauromaquia - (vídeo)





O touro “bravo” ou de “lide” não é agressivo. Estes animais são, por natureza, tão ou mais afáveis do que os cães. O Fadjen, um mediático touro “bravo”, salvo de um ganadeiro Espanhol, é neste momento, um excelente exemplo de que a agressividade genética do touro, se encerra num mito, propagandeado pela tauromaquia.

A etologia como ramo da zoologia, explica que o comportamento não é determinado pela genética, mas pelo ambiente e interacções do animal. Ou seja, independentemente das características genéticas, o seu comportamento será sempre condicionado, em última análise, pelo propósito e personalidade de quem os cria, tal como acontece, por exemplo com a raça canina Pit Bull.

Para tornarem os touros, não agressivos, mas mais reactivos de modo a que seja possível toureá-los (ou lidá-los), os ganadeiros criam-nos em sistema extensivo, com pouco contacto com humanos, sujeitando-os a duros “treinos” a todos os níveis, sendo os físicos, dignos de um atleta de alta competição e, de vez em quando, alguns morrem subitamente devido ao exagerado esforço a que são sujeitos.

Por vezes, os touros são drogados, com Rompum e Calmivet, duas substâncias anestésicas que administradas em pequenas quantidades, causam um efeito calmante. Mas nem sempre a dose “certa” é bem calculada, levando a que alguns sucumbam à dose excessiva, mesmo antes de entrar na arena.

Há muito que a ciência provou o sofrimento do touro. Todos os seres sencientes, ou seja, os que possuem um sistema nervoso central, grupo do qual faz parte o ser humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e psicológico, tal como stress, medo, pânico, angústia e tristeza. Sofrem ainda traumas psicológicos e desenvolvem depressões, bem como afectos e constroem ainda relações com outros seres, incluindo o ser humano.

Na capacidade de sentir, os animais não são diferentes do Homem.

O touro “bravo” tem direito à sua integridade física e psicológica e principalmente tem direito a não ser utilizado como objecto de tortura para gáudio de uma minoria que nem sequer é representativa do povo português. À semelhança de tantas outras espécies, o touro poderá perfeitamente viver em liberdade e em paz no seu habitat, nem que seja em zonas protegidas, não sendo também por isso, aceitável o “argumento” da sua preservação como justificação da tauromaquia.

Não é portanto admissível que no século XXI, um país civilizado como Portugal, acolha ainda uma tradição primitiva que viola 90% (!) dos pontos considerados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO:

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.

2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à protecção do Homem.

3 - Nenhum animal deve ser maltratado.

4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.

5 - O animal que o Homem escolher para companheiro nunca deve ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

7 - Todo o acto que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.

8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais.

9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.

10 - O Homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.


Mas não são apenas os direitos dos animais que são violados pela tauromaquia.

Equilíbrio emocional e formação das crianças
A psicologia, a psiquiatria e a neurociência provaram que assistir a touradas provoca traumas psicológicos nas crianças, tornando-as tolerantes à violência gratuita e contribuindo para que se tornem adultos agressivos. Este foi um dos argumentos que levou à abolição das touradas na Catalunha, em Espanha, país onde a tradição tauromáquica é muito mais forte do que em Portugal, pela sua origem. 

Estudos:
  • "Effects of Viewing Videos of Bullfights on Spanish Children" - J.L. Gran˜ a,1 J.A. Cruzado,1 J.M. Andreu1, M.J. Mun˜ oz-Rivas,1 M.E. Pen˜ a,1 and P.F. Brain2n - Department of Clinical Psychology, Faculty of Psychology, Complutense University of Madrid, Spain. 2School of Biological Sciences, University of Wales Swansea, Swansea, SA2 8PP, United Kingdom.
  • "Animal Cruelty and Psychiatric Disorders" - Roman Gleyzer, MD, Alan R. Felthous, MD, and Charles E. Holzer III, PhD
  • "Animal Rights and Human Social Issues" - David A. Nibert1 WITTENBERG UNIVERSITY
  • "Associations Among Cruelty to Animals, Family Conflict, and Psychopathic Traits in Childhood" - Mark R. - Dadds University of New South Wales; Clare Whiting - Griffith University; David J. Hawes - University of New South Wales
  • "Serial Murder: A Forensic Psychiatric Perspective" - by James Knoll, MD


Receitas dos contribuintes portugueses

Das contribuições obrigatórias dos portugueses, são atribuídos, anualmente, à tauromaquia, milhões de euros, supostamente destinados à agricultura. Quer isto dizer, que todos nós andamos a financiar esta barbárie:


Tal como havia sido publicada no Diário da República, a listagem relativa ao 1.º semestre de 2011, no dia 26/09/2011, em 21/03/2012 foi publicada a lista dos subsídios atribuídos pelo IFAP no 2.º semestre de 2011.

No ano de 2011 o IFAP atribuiu subsídios no valor de €9.823.004,34, às empresas e 
membros das famílias da tauromaquia:
Ortigão Costa - 1.236.214,63 €
Lupi - 980.437,77 €
Passanha - 735.847,05 €
Palha - 772.579,22 €
Ribeiro Telles - 472.777,55 €
Câmara - 915.637,78 €
Veiga Teixeira - 635.390,94 €
Freixo - 568.929,14 €
Cunhal Patrício - 172.798,71 €
Brito Paes - 441.838,32 €
Pinheiro Caldeira - 125.467,45 €
Dias Coutinho - 389.712,42 €
Cortes de Moura - 313.676,87 €
Rego Botelho - 420.673,80 €
Cardoso Charrua - 80.759,12 €
Romão Moura - 248.378,56 €
Brito Vinhas - 53.686,78 €
Romão Tenório - 283.173,89 €
Sousa Cabral - 318.257,79 €
Varela Crujo - 188.957,35 €
Assunção Coimbra - 330.789,44 €
Murteira - 137.019,76 €

Recebem ainda, também anualmente, milhares de euros, através das câmaras municipais que apoiam a tauromaquia. O Estado está a financiar, à nossa custa, uma actividade primitiva e sanguinária, que muito mais do que inútil, pratica e promove a tortura de dois animais, o touro e o cavalo, e ainda deforma a mente de crianças que farão parte do futuro de Portugal.


Não permitas a continuidade desta barbárie, que apenas contribui para a degradação da ética e da moral dos cidadãos.

Assina a petição (em cima, à direita) e junta-te à Animal na próxima manifestação!





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